Conselho de Segurança

 

Conselho de Segurança das Nações Unidas

Rubens Fonseca      - Diretor

Júlia Vasconcelos   - Diretora-assistente

Fernando Piterman  - Diretor-assistente

 

 

Síria 2012

Breve resumo histórico do comitê

Palco de um cenário composto pelo status de emergência desde 1963, a República Árabe da Síria é considerada um ambiente propício aos motins populares. Durante a década de 1960-1970, o Estado foi palco de três golpes de estado, 1963, 1966 e 1970. O último referido foi responsável por ascender ao poder o Partido Baah por meio d presidente Hafez al-Assad, chefe de Estado que liderou o país por 30 anos ininterruptos. Em julho de 2000, Bashar al-Assad, filho do presidente anterior assume a presidência síria.

A oposição síria sempre destacou-se em lutas pela liberdade de opinião e imprensa, respeito aos direitos humanos e imposição de uma nova legislação, impossível de ser cumprida graças ao Estado de emergência instaurado desde a década de 60, responsável por suspende a proteção constitucional protetoras da população. A supressão de manifestações é uma prática constante do governo por ser causada pelo estado policial instaurado. A justificativa dada pelos representantes do governo, se trata de uma defesa à Síria que encontra-se em guerra com Israel.

Devido a movimentos pró democracia que surgiram na região do Oriente Médio, em Estados como o Egito, a Tunísia e o Iêmen, o presidente Assad anunciou ao final de janeiro de 2011 uma necessidade de reformas para atender às demandas populares e instaurar assim uma chamada “Nova Era” chegada à região. A declaração de Assad tornou os ânimos exaltados para a população, carente de tais posicionamentos há anos por parte das instituições governamentais. Mas a demora do governo em cumprir suas promessas realizadas acabou por levar ao motim civil.

Na tentativa de reprimir os levantes populares, o governo utilizou-se das forças armadas nacionais. Com a recusa de parte de oficiais em cumprir as ordens de repressão, surgiu mais uma frente oposicionista a Assad, o Exército Livre Sírio, mais tarde responsável por unir a oposição síria no Conselho Nacional Sírio.

O alarde do conflito nacional tomou proporções consideráveis para a observação e debate realizados na ONU e também na Liga dos Estados Árabes. A mediação internacional tentou-se fazer presente a fim de encerrar os confrontos militares e protestos civis nas cidades sírias. O envio de observadores de paz foi requisitado e realizado, mas devido às suspeitas de corrupção por parte de alguns membros do grupo enviado, outros integrantes do mesmo retiraram-se da missão e a situação tomou contrastes ainda mais graves, chegando ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

 

Justificativa para o comitê

O CSNU é tradicionalmente tido como o comitê que melhor representa a interação atual dos jovens participantes de simulações com a política internacional contemporânea. Não apenas pelas forças ímpares envolvidas, mas mesmo pelas próprias regras de decisão e moderação do comitê.

Composto por 15 (quinze) membros, 5 (cinco) permanentes (Estados Unidos, Federação Russa, Reino Unido, República Popular da China e França) e 10 membros eleitos para mandatos de 2 (dois) anos, com a possibilidade de participação de nações interessadas em debater a questão mas impossibilitadas de exercer voto para as resoluções da casa, o conselho exerce o status de casa de maiores poderes na ONU. A sua votação necessita de 9 (nove) votos favoráveis à resolução, onde nenhum dos membros permanentes podem votar contrário à questão.

Graças às regras internas, o comitê exigirá bastante capacidade dos delegados devido à moderação ser exercida por delegados, eleitos ao início dos debates. Em auxílio aos moderadores estarão os diretores, em caráter extraordinário para as dúvidas dos delegados a respeito das regras aplicadas ao momento.

Durante o período da Guerra Fria, o CSNU foi palco dos embates políticos realizados entre o bloco capitalista encabeçado pelos EUA, contra as nações socialistas lideradas pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Com a dissolução da URSS, a Federação Russa manteve o assento permanente no conselho e o mundo viu-se fora da disputa ideológica presente ao longo da segunda metade do século XX.

Porém, atualmente, surgiu-se o debate do argumento basilar para as decisões políticas tomadas no âmbito internacionalmente. De um lado vê-se a argumentação referente aos direitos humanos como máximo moral a ser respeitado entre as relações infra e internacionais, enquanto do outro os interesses nacionais de cada Estado são colocados como justificativa para o posicionamento de alguns governos.

Essa questão vem colocando-se cada vez mais presente nas mesas de debates envolvendo as nações unidas. A reunião realizada pelo CSNU sobre a Síria nas primeiras semanas de fevereiro, em 2012, mostrou o quão prejudicial esse impasse entre posicionamentos pode representar à política internacional.

Na simulação do mesmo evento, os delegados terão a oportunidade de observar a situação sofrida pelos embaixadores no CSNU, tentando mudar a resolução da mesma reunião.

 

Características do comitê

Número de representações: 20

Forma de representação das delegações: em dupla

Representações

Membros Permanentes

1. Estados Unidos

2. Reino Unido

3.Federação Russa

4. China

5.França 

Membros Eleitos

6. Alemanha

7. África do Sul

8. Colômbia

9. Índia 

10. Portugal

11. Azerbaijão

12. Marrocos

13. Togo

14. Paquistão

15. Guatemala

Convidados

16. Síria

17. Qatar

18. Israel

19. Turquia

20. Irã